Duração: 17/02/2020 até 23/12/2020
Participantes:
Resumo:
Se tivéssemos conhecimentos suficientes e consensuais sobre como seria a vida digna para todos e tivéssemos acesso a tudo aquilo que nos torna digno teríamos mais força para enfrentar o mundo da violência, dos conflitos, das agressividades e dos crimes. Nessa condição, estes fatos sociais, possivelmente, apareceriam menos, pois emergem de culturas individualistas e concorrenciais. Isto quer dizer que, além de perceber a minha dignidade preciso entender a do outro, solidarizar-me com ele para juntos realizarmos a natureza humana na convivência social. Este argumento é conhecido nas ciências jurídicas, filosóficas e sociológicas. A dignidade para todos, porém, tem uma concretude de onde ela brota: a qualidade de vida, ou seja, quando sujeito não passa fome, quando consegue manter sua saúde ou recuperá-la, quando possui moradia, quando tem acesso a educação escolar, quando consegue viver sua afetividade, quando consegue falar e ser ouvido e, especialmente, quando consegue trabalhar e auferir renda própria. Ter acesso a Isso, já é ter antídotos contra muitos sofrimento e dores que mais fere a dignidade humana, pois além da saúde do corpo (onde geme nossa existência) é preciso saúde intelectual (acesso a ciência, educação ), espiritual (cultuar a minha fé), mental (vivência e convivência com os outros), afetiva (exercitar meus afetos e emoções) e material (renda digna, consumo genuíno e solidário), etc. A vida real está muito longe deste ideal dos direitos humanos e da democracia. Por isso, a dialética da complexidade da qualidade de nossa existência exige que a sociedade ofereça a proteção da vida e partilha do poder de decidir, da implantação das decisões e da avaliação dos resultados como direito de viver segundo a natureza social, política, econômica, cultural e natural dos sujeitos. Aí está a raiz da cultura democrática que precisa ser construída. Os direitos humanos são produtos culturais que nasceram no interior de ações colonialistas para que que os oprimidos criassem resistências e conquistas. Estas - esses direitos - precisam ser encarados como possíveis fontes de emancipação e de esforços de criação das condições locais e globais de justiça, de cultura de relações sociais justas que reconhece que todos possuem direitos e não aceita as justificativas para as desigualdades. É isso que este projeto pretende fazer: ampliar para fora da universidade os debates sobre o papel dos direitos humanos no enraizamento da cultura democrática pertinente, prudente, decente e que atenda a urgência de se praticar a partilha do poder para além da esfera meramente estatal.Ou seja, este projeto contribui para descolonizar as ideias de política, democracia e direitos humanos e promove a inserção social da universidade partir de metodologia de Ação-Participante junto a diversas demandas. Propõe-se a ser um canal por onde todos os professores pesquisadores do PPDH -Programa de Pós Graduação em Direitos Humanos da Unijuí possam socializarem suas pequisas junto as agentes e atores sociais, além de complementar as ações mais especificas que já vem sendo feitas em outros projeto de extensão.
Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.