Extração e Avaliação In Vitro da Ação Antifungica do Óleo Essencial de Lavandula Dentata l. Sobre Cepas de Cândida Albicans

Grupos/Linhas de pesquisa:
Biodiversidade e Ambiente/ Biodiversidade e ambiente

Programas/Linhas de Pesquisa (Mestrados/Doutorados):
Sistemas Ambientais e Sustentabilidade/ Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Duração: 28/07/2020 até 31/08/2022

Participantes:

Resumo:

INTRODUÇÃO Os fungos são organismos saprófitos, presentes no solo, matéria orgânica em decomposição e no ar (LEITE JUNIOR et al., 2011), e as infecções oportunistas destes micro-organismos simbolizam uma ameaça substancial para a população, ocasionando casos de morbimortalidade. Por ano, acredita-se que em torno de um milhão e meio de pessoas morram por essa causa (KIM, 2016; WIRNSBERGER et al., 2016). O gênero Cândida, destaca-se pelo poder infeccioso em pacientes imunocomprometidos e com disseminação destes organismos no ambiente em geral, inclusive na pele e mucosas humanas (COLOMBO, GUIMARÃES, 2003; PAPPAS et al., 2016), entre as 15 espécies existentes, a Cândida albicans (C. albicans) é a espécie mais encontrada no trato genital feminino, e a levedura que mais causa candidíase em mulheres, com a prevalência de 70 a 90% (ANDRADE et al., 2015). Nesse contexto, pode provocar patologias com variações desde a mucosa até infecções sistêmicas, devido seu alto poder de adaptação e virulência (FREIRE et al., 2016; TSUI, KONG, JABRA-RIZK, 2016). Em decorrência do aumento significativo destas infecções, além do recurso terapêutico já existente, tem se visto a necessidade de se desenvolver novos compostos (SCORZONI et al, 2017). As plantas medicinais representam um grande potencial de fonte de pesquisa para a alteração desses antifúngicos sintéticos por fitoterápicos, visto que possuem elevada quantidade e variedade de metabólitos secundários com propriedades biológicas. Esses metabólitos podem ser obtidos e apresentados nas formas farmacêuticas de extratos, óleos e compostos bioativos (BONI, FEIRIA, HOFLING, 2017; MAIA, DONATO, FRAGA, 2015). Entre as plantas medicinais, o gênero Lavanda pertencente à família Lamiaceae demonstrou em estudos suas diversas propriedades terapêuticas, entre elas a ação antimicrobiana e antifúngica nos óleos essências (OE) (ADAMUCHIO, DESCHAMPS, MACHADO, 2017; FIGUEIREDO, 2019). Segundo seu perfil fitoquímico, os principais constituintes encontrados nessa planta são: 1,8-cineol, cânfora, fenchona, fenchol e linalol, seguidos dos monoterpenos ?-pineno, ?-pineno e limoneno, os sesquiterpenos oxigenados e sesquiterpenos hidrocarbonados (DOB et al., 2005). Os OE fazem parte da composição das plantas, denominado como um produto natural apresentando características hidrofóbicas e compostos voláteis, gerados a partir dos metabolitos secundários das plantas aromáticas. No entanto, variam conforme as espécies e partes das plantas (ALMEIDA, M. 2011; FERREIRA, 2014; SARTO, ZANUSSO JUNIOR, 2014; SIMOES et al., 2001; SIQUI et al., 2000), bem como apresentam um amplo espectro de ação e possíveis efeitos sobre o organismo (ABRANTES et al., 2013; ALMEIDA, R., 2015; BARROS, 2017; FONTENELLE, 2008). Nesta perspectiva, a necessidade da pesquisa de novos medicamentos antifúngicos é vista como indispensável, frente a dados significativos de candidíase. Portanto, este trabalho propõe avaliar a eficácia antifúngica do OE de Lavandula dentata (L. dentata) na inibição do crescimento de leveduras relacionadas a espécie C. albicans.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.