Efeitos da Quercetina na Modulação da Hsp70 e o Impacto na Evolução da Sepse em Camundongos

Grupos/Linhas de pesquisa:
Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF/ Estudo de Biomarcadores em Condições de Saúde e Doença

Programas/Linhas de Pesquisa (Mestrados/Doutorados):
Atenção Integral à Saúde/ Processos químicos e biológicos em saúde

Duração: 01/07/2022 até 01/07/2024

Participantes:

Resumo:

A sepse é caracterizada por uma disfunção em múltiplos órgãos, geralmente decorrente de uma resposta desregulada a uma infecção. Acomete milhões de pessoas em todo o mundo, tendo altas taxas de mortalidade. A sepse provoca uma maior produção de espécies reativas de oxigênio, gerando um desequilíbrio no estado redox ou estresse oxidativo, causando uma maior disfunção sistêmica nesses indivíduos. As proteínas de choque térmico de 70 kDa (HSP70) desempenham atividade citoprotetora frente ao quadro de estresse oxidativo. A quercetina é uma das formas mais comuns de flavonoides presentes na natureza com potencial de reduzir os níveis de estresse oxidativo e, assim, promover melhora em parâmetros cardíacos, neurológicos e pulmonares. Entretanto, estudos mostram que quando em altas doses, a quercetina é capaz de reduzir a expressão da HSP70, além de promover uma piora em parâmetros cardíacos e estar relacionada com um aumento da mortalidade em animais sépticos. Portanto, a partir de uma revisão da literatura, podemos perceber que há algumas lacunas a serem preenchidas para uma melhor compreensão da relação entre a quercetina e sua modulação sobre a expressão de HSP70 e, consequentemente, sobre a condição de estresse oxidativo na sepse e respectivo desfecho. Objetivo: Avaliar os efeitos da quercetina na modulação da concentração de HSP70 tecidual e circulante, e respectivo impacto na evolução da sepse em camundongos. Delineamento Experimental: O trabalho será realizado utilizando 24 camundongos da linhagem C57BL/6 com cerca de 7 meses. Inicialmente ( tempo 0), os animais serão divididos em 4 grupos: C- Controle (n=6) que receberá uma dose de solução fisiológica 0,9% (5?L/g) via intraperitoneal; S- Sepse (n=6) que receberá uma dose de solução fecal 20% (200mg/mL) via intraperitoneal na dose de 1 mg/g; Q- Quercetina que receberá uma dose de solução fisiológica 0,9% (5?L/g) via intraperitoneal e, após 12 horas da indução da sepse, serão tratados com uma dose de 400mg/kg de Quercetina via intraperitoneal; SQ- Sepse+Quercetina (n=6) que receberá uma dose de solução fecal 20% (200mg/mL) via intraperitoneal na dose de 1 mg/g e, após 12 horas da indução da sepse, tratados com uma dose de 400mg/kg de Quercetina via intraperitoneal. Serão avaliados parâmetros glicêmicos, biométricos, hemograma, temperatura retal, frequência respiratória e EMS-A, nos tempos 0h, 4h, 12h e 24h após a indução da Sepse (S e SQ) ou administração de Solução Fisiológica 0,9% (C e Q). Após as 24 horas os animais serão eutanasiados para coleta de sangue total e tecidos para análises de estresse oxidativo e quantificação da expressão de HSP70 plasmática e tecidual. Análise Estatística: Os dados serão analisados quanto a sua normalidade e expressos em medidas de tendência central (média) e dispersão (desvio-padrão). Os resultados das variáveis glicemia, temperatura, peso e Escore Murino de Sepse Adaptado serão comparados entre os grupos por ANOVA de duas vias (tempo x tratamento), e as variáveis analisadas a partir de amostras obtidas ao final do estudo como lipoperoxidação, atividade antioxidante enzimática e concentração de conteúdo plasmático e intracelular de HSP70 serão avaliados por ANOVA de uma via. Também serão realizados teste de correlação (Pearson ou Spearman) entre variáveis e a análise de sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier. Será considerado P<0,05 como significativo.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.